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Já se perguntou as diferenças e semelhanças entre um carro de competição e um normal?



Muitos brasileiros gostam de acompanhar as competições de carros e vibram com a performance desses modelos. Se você está lendo este texto, é bem provável que seja um desses apaixonados por carros com super motores. Afinal, quem não se lembra do lendário “ronco” daquele Dodge Charger do Dominic Toretto? Embora carros como esses não se enquadrem nas competições automobilísticas oficiais, o objetivo principal dos mecânicos do filme é o mesmo das grandes equipes de corrida: máximo desempenho. Embora em algumas competições os carros de corrida sejam esteticamente semelhantes aos automóveis de passeio, há grandes diferenças entre eles. Enquanto os carros comuns buscam o conforto dos ocupantes e uma boa durabilidade, o centro das atenções nos carros de competição é a potência e o torque. Mas você sabe quais são as diferenças entre os carros de competição e os veículos normais que dirigimos no dia a dia? Considerando a Fórmula 1, elas são bem visíveis, mas em outras competições de carro, a distinção pode ficar mais difícil. Quer conhecer os bastidores e saber como funcionam os carros utilizados pelos pilotos?

Como são os carros normais? Os carros normais, ou comuns, são os que encontramos nas ruas no dia a dia. São veículos pensados e desenvolvidos para serem bens duráveis. Além disso, eles atendem alguns critérios de segurança, conforto e satisfação do público. O foco é agradar todos que estarão dentro do carro, não apenas quem dirige. Afinal, você não deseja que seus amigos se sintam como se estivessem no carro dos Flintstones naquele passeio de fim de semana. Para que um veículo dê certo nas vendas, a montadora define o nicho de mercado, ou seja, quais clientes ela quer conquistar com determinado modelo. Baseada nisso, ela planeja a estrutura do carro e pensa no conforto que ele vai oferecer ao futuro comprador. O motor também é projetado de forma a garantir um desempenho condizente com a realidade do consumidor e agregar economia e durabilidade das peças. Claro que para aproveitar esses benefícios, é indispensável realizar todas as manutenções preventivas especificadas no manual do fabricante. Além dessas características, as montadoras investem em tecnologia, como central multimídia, sensores de estacionamento, computador de bordo, entre outros itens que agradam o consumidor. Tudo é pensado para facilitar o dia a dia nas ruas, inclusive enfrentando os desafios comuns, como chuvas e engarrafamentos. Enfim, podemos definir carros normais como os veículos pensados para atender à rotina dos motoristas comuns. Esses carros são produzidos em série, são bens duráveis e devem obedecer às normas de segurança e de emissão de poluentes.


O que é um carro de competição? Carros de competição são veículos desenvolvidos com o objetivo único de participar de competições. O projeto deles deve seguir as regras preestabelecidas para cada categoria e toda a mecânica e estrutura é pensada para agregar performance e vantagem competitiva, visando ganhar prêmios em disputas automotivas. O maior objetivo na projeção desses veículos é o desempenho, aliado a um carro confiável. Afinal, de nada adianta a performance se o veículo não terminar a prova. Além disso, um carro seguro protege o piloto em caso de acidente. Diferente dos carros normais, esses são projetados para serem levados ao limite. O motor deve render o máximo de potência e torque, deixando a preocupação com o consumo de combustível em segundo (ou talvez último) plano. As peças são projetadas para aguentar o calor excessivo, já que em competições elas são muito exigidas. Em alguns casos é possível ver o freio, por exemplo, brilhando em uma cor vermelha durante as provas. Assim, o carro deve ser projetado para que os componentes não percam a eficiência mesmo em situações extremas de uso. Como o foco dos carros de competição é o desempenho, as equipes que fazem o projeto não estão preocupadas com conforto ou custo-benefício. Por isso, os carros da Stock Car ou F1 não têm ar-condicionado ou central multimídia. Não dá nem para imaginar o Lewis Hamilton curtindo um Spotify na sua Mercedes, não é mesmo? Os carros são feitos para correr e ganhar, assim, os componentes mais importantes são o motor, freio, câmbio e a suspensão. Assim, é possível definir carros de competição como automóveis focados apenas no desempenho e nas condições exigidas de segurança, sem preocupação com conforto, consumo ou atrativos que são usados para conquistar o consumidor comum. Eles não são produzidos em série, o seu custo de produção é muito elevado e muitas peças têm uma vida útil muito pequena, pois são fabricadas pensando apenas para durar uma prova, sendo substituídas depois de cada competição.


Quais as diferenças entre os dois tipos de carros? Considerando os objetivos e as especificidades de cada tipo, é possível perceber que há muitas diferenças entre os veículos. Veja algumas comparações no desempenho e nas características das peças. Velocidade Uma das maiores diferenças é na velocidade. Um carro comum, como o Jetta 2.0 com turbo, leva 7,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h e sua velocidade máxima gira em torno de 240 km/h. Já em carros de competição, essas marcas são de 2,6 segundos e mais 350 km/h, aproximadamente. Suspensão Nos carros normais a suspensão trabalha sobre as rodas do veículo. Você já deve ter ouvido falar em carros mais macios e mais duros. A suspensão tem papel destacado nisso. Sem ela, a trepidação dentro do carro poderia chegar a 40 hertz. O efeito após poucas horas de direção poderia ser pior que o primeiro dia de academia. Com um bom sistema, a trepidação é de apenas 1,3 hertz. Porém, nos carros de F1 a suspensão está no próprio chassi do veículo e o piloto recebe o impacto integral praticamente. Consumo Aqui está uma diferença gritante. Enquanto os carros vendidos pela concessionária fazem em média 10 km/l de gasolina, os carros da F1 fazem 1,7 km/l, podendo consumir até mais do que isso. Essa marca não é desejada por nenhum motorista que usa o carro no dia a dia. Já imaginou rodar o mês todo com um beberrão desses? Pneus Outra divergência significativa: os pneus de um carro normal são feitos para durar até 30 mil km em média, e o jogo custa entre mil e dois mil reais. Já na Stock Car, por exemplo, um jogo com quatro pneus custa quase 10 mil reais e duram cerca de 300 quilômetros. Na F1 a duração chega apenas aos 100 quilômetros. Há também a famosa diferença entre pneus de pista seca e de pista molhada. Os pneus de pista seca da Stock Car é liso e com uma borracha mais firme para permitir melhor aderência ao asfalto. Em pistas molhadas, a borracha é menos rígida e tem ranhuras para facilitar o escoamento da água, evitando a aquaplanagem. Freios De nada adianta um motor com uma cavalaria absurda sem a capacidade de parar. É por isso que a eficiência dos freios é tão importante quanto o próprio motor. Um carro da F1, por exemplo, à 150 km/h, precisa de apenas 30 metros para parar após serem acionados os freios. Já um carro de passeio precisa de aproximadamente 50 metros. Aerofólio Ele é uma marca registrada de carros de competição. Na F1 e na Stock Car eles fazem parte do projeto de todos os carros. Não é pela beleza, e sim pela aerodinâmica. Em altas velocidades o formato do carro deve contribuir para que ele fique no chão. É o oposto do que acontece com aviões. Na próxima vez que ver um aerofólio, repare que a parte da frente dele estará inclinada para baixo. O objetivo é que a força do vento empurre o carro para o solo. Todo o design aerodinâmico do veículo vai contribuir muito para o sucesso ou o fracasso nas corridas. Motor Ele não poderia ficar de fora. Os maiores investimentos e pesquisas são feitos de modo a aperfeiçoar os gráficos de desempenho dele. Uma das diferenças mais chamativas é a rotação atingida. Em carros tradicionais a rpm não costuma ser maior do que 6.000. Mas o motor V6 da fórmula 1 passa das 15.000 rotações tranquilamente. O motor da Stock é mais modesto e as rotações ficam em torno dos 6.000 também. Mas potência é o que não falta. Esses propulsores V8 podem entregar 500 HP de potência com 5.700 cilindradas. Existem muitas diferenças entre os dois tipos de carros, já que eles são construídos com finalidades totalmente diferentes. Mesmo que você esperasse o próximo lançamento de carros, não veria os veículos de competição em vias comuns. Além disso, um não poderia ocupar o lugar do outro, pois ambos acabariam danificados rapidamente pela forma errada de uso.


Um carro normal pode virar veículo de competição? Em algumas competições, os carros utilizados têm a mesma estrutura externa de automóveis comuns. É o caso da Copa Petrobras de Marcas e da competição de Rally WRC, que usam a carcaça de veículos comuns, como o Ford Fiesta e o Citroën C3. Entretanto, as semelhanças se limitam à carroceria pois tudo que há debaixo do capô é modificado. Embaixo da carcaça encontram-se componentes de alto desempenho, como tração integral e motores turbos com o dobro de cavalos dos vendidos nas lojas. Assim, é possível transformar carros comuns em veículos de competição, mas isso requer muito tempo e dinheiro, além de um mecânico de confiança. A transformação seria extremamente demorada, além de muito cara. Seria preciso trocar os freios, a suspensão, incluir todos os itens de segurança para corridas, tirar todo o interior do carro e até mesmo melhorar ou substituir o motor. Um carro pode ser modificado para participar de competições, mas é importante ressaltar que, ao passar por isso, ele deve ficar longe das vias normais. Como ele vai perder suas características originais, deixará de atender ao código de trânsito brasileiro e não poderá ser emplacado. Essas são as curiosidades sobre as diferenças entre os carros de competição e os carros normais. Eles são totalmente distintos e cada um é projetado para atender necessidades específicas do motorista ou piloto.

Fonte:https://blog.nakata.com.br/

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